Durante toda nossa vida somos submetidos ao novo: primeiro dia de aula, primeiro beijo, vestibular, mudança de casa, de cidade, de país…

Todas essas situações trazem consigo um sentimento diferente que uns chamam de aprendizado e outros o chamam de medo. De todas as decisões que tomamos na vida eu considero que a mudança de país é a mais desafiadora. Quando somos atingidos pelo “bichinho” da mudança de vida ele introduz em nossos corações um sentimento de vida melhor, de entusiasmo e mais do que tudo de esperança. Nessa hora não sentimos medo, esse sentimento fica em algum lugar escondido para nos surpreender no momento que menos esperamos.

São muitas decisões a tomar, e quando estamos neste processo estamos tomados pela coragem. Contamos para família, para os amigos e a vontade de gritar toma conta do nosso peito. Um sentimento estranho, mas estamos encorajados pela esperança de uma vida melhor, de um caminho melhor para nós e nossa família. Eis que chega a hora… tudo pronto? Tudo certo? Maravilha!

Com os pés no destino escolhido podemos ouvir o som da alegria, pássaros cantam diferente, o céu é mais bonito e é hora de recomeçar a nova vida. Novo trabalho, nova escola para os filhos, nova cultura. Rotina estabelecida e semanas depois a primeira visita na nossa nova vida: O MEDO! Sim, ele veio, e veio acompanhado. As dificuldades são maiores do que pareciam, nossa fragilidade é bem maior do que pensávamos e todas aquelas pessoas as quais eu contei feliz da vida que eu ia me mudar parecem estar certas em tudo que me falaram.

Mentira! Nós apenas invertemos os valores e estamos dando mais valor ao medo do que a coragem que nos fez chegar até aqui. Coragem meus amigos, é ela que nos leva a outro nível, é ela que nos torna pessoas melhores e diferentes em busca de algo que nem todos são capazes de buscar, é ela que nos enche o peito de poder dizer EU VENCI! A coragem tem que ser desmedida e o medo controlado.

Ninguém diz que não ter medo é bom, mas tem que ser controlado, é ele que nos ajuda a ter equilíbrio.

“Tenham coragem e levem o medo no bolso”.